Legal é o tempo, porque se mexe,
Que a gente faz questão de desprezar,
Que acha (e nem) não ver,
Enquanto transforma, ou, sei lá,
Forma… em seu estranho ritmo.
Mas é inerente, imanente;
Num apenas nosso, de cada qual;
Porque particular, individual,
Do meu, seu; do nosso, deles.
E de cada ‘quais’… No seu tempo…
Nessa cadência, sem prudência,
Que cada um rege…
O tempo; quem sabe nós, a gente.
Qual até?! Pra quando, se agora?
E onde será esse agora?
Se acha coletivo, será não; apenas aparente;
Quiçá contributivo, certo e muito. Ora, sim!
Porque não é bloco sozinho,
Mas antes ninho, o seguro abrigo,
Onde todos e tudo faz seu sonhar.
Tempo, pra desfrutar, não é seu,
Não será meu; tampouco deles.
Vai se formar, tal claudicante,
Na mambembe vida; de cada um…
Viver… o tempo sem certo.
Se muito acha, qual a medida do pouco;
Se pouco, quanto será o muito?
Um pouco de minuto, ou um tico dessa hora,
Muito destes segundos, um tanto de instantes?
Breves instantes… relativas sensações,
Só deste minuto…